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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Olhe além de mim

 

Olhe além de mim

 Olhe

Além de mim

E verás

Que ainda vive em mim

 

Olhe além do céu

Além do mar

E sentirás que estou a te amar

 

Olhe além do sol

Além da lua

E verás que ainda brilhas em mim

 

Olhe além do horizonte

E verás que estou a te esperar

 

Olhe além de você

Serás que vai me encontrar?

 

Alexandra Collazo


Invasão


 Invasão


Você chegou invadindo tudo em mim
Invadiu meus sentimentos, meus pensamentos
Foi se tornando a razão dos meus sorrisos
Agora eu já sei que é você que eu preciso

Você chegou como um voo de borboleta
Que pousa devagar e faz de um jardim florido
A paisagem mais bela e colorida
Você invadiu meu coração e hoje faz parte da minha vida

Eu vou ser para você o seu beijo mais demorado
Eu vou ser para você a luz que ilumina sua estrada
Eu vou ser para você as estrelas que brilham no seu céu
Eu vou ser para você o seu momento mais esperado

E quando a tempestade chegar em nosso céu
E as nuvens tentarem cobrir os raios do nosso sol
Você pode pedir para segurar minha mão
Eu serei a sua mais segura direção

E quando a solidão resolver aparecer
E a tristeza por qualquer motivo decidir te invadir
Pode pedir o meu abraço e nos meus braços se envolver
Que vou te mostrar que com amor todas as dores podem sumir

Quando a saudade apertar o peito
Pode vir e se entregar sem medo
Serei o seu mais doce desejo
E desvendarei todos os seus segredos

E quando tudo parecer desabar
Saiba que estarei aqui para o seu mundo segurar
E quando as lágrimas resolverem chegar
Estarei aqui com todo o meu amor te esperando para te acalmar

Porque o amor não se faz só de beijos e abraços
Porque o amor é companheirismo e amizade
É sinceridade, verdade sem vaidade
Porque o amor é assim, parceria até o fim!

Por Alexandra Collazo


Ao pôr do sol do Arpoador

 


Ao pôr do sol do Arpoador

 

Sentada nesta pedra alta

Parece até que posso alcançar o céu

Enquanto as ondas do oceano azul límpido e tranquilo

Insistem em beijar as pedras rochosas e imponentes...


Eu olho o imenso azul do mar

Tento até me acalmar para não chorar

Eu vejo tanta solidão em mim

E me lembro de quantas vezes estive aqui

 

Aqui, eu certamente me sinto em paz

Busco a energia de que tanto preciso

Venho atrás da minha paz interior

Venho esquecer um amor

 

Aqui eu ando descalça, com os pés na areia...

 

É aqui, ao pôr do sol

Que eu venho buscar a minha paz interior

É só aqui, ao pôr do sol

Que eu consigo entrar em contato comigo mesma

 

É aqui, ao pôr do sol

Que eu consigo entender as minhas dores de amores

É só aqui, sentada aqui, nessa pedra alta

Que eu consigo enxergar o lado bom da vida

 

E quando o sol se põe atrás daquela montanha

Eu estou ali, estagnada com tamanha beleza

É nessa hora que eu entro em contato comigo mesma

E deixo o pôr do sol falar por mim...

 

Ao pôr do sol

Eu me encontro e me entrego

Aos meus mais íntimos desejos

Eu choro, eu rio, eu me lembro de muitos beijos

 

É só ali, ao pôr do sol

Que eu consigo me despir dos meus medos

Que eu consigo fugir das minhas vontades impossíveis

Que eu consigo não pensar em nada

 

É ali, ao pôr do sol do arpoador

Que eu consigo ter um momento de plenitude feliz...

 

Ao pôr do sol do Arpoador...

 

Por Alexandra Collazo


terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Águas Passadas


   Águas Passadas

 

Já são altas horas da madrugada

E eu aqui, pensando em você

Eu não consigo pensar em mais nada

A não ser em te querer

 

Já passam da uma da manhã

E meu sono parece ter ido para lua

Impossível adormecer com tantos pensamentos

Mas juro, tento fugir incansavelmente desse sentimento

 

O silêncio da noite para não ter fim

Assim como a minha vontade de estar com você

Por mais que eu tente, você não sai da mente

Você impregnou nos meus sonhos frequentemente

 

A música que toca

Parecer falar por mim

Os versos entram na minha alma

E tudo fica assim:

 

Nessa angustiante escuridão da noite

Eu olho para o nada, e penso em nós dois

A solidão da noite me assusta e eu fico assim, sonhando acordada

Lembrando do ontem e o futuro, deixo para depois


No meio de tantos sentimentos

Eu sei que não posso tentar

Tantos fatos, tantos acontecimentos

Eu sei que não devo me aproximar

 

Você é um mistério a céu aberto

É um sentimento impossível

Mas eu te sinto tão perto

Mesmo longe, você se faz tão presente

 

Depois de tantos anos

Perder noites de sono

Isso não é para mim

Eu sei que não sou assim

 

Somos uma relação complicada

Somos uma página virada

Um erro, e nos transformamos em nada

Nem mais uma chance, tudo virou águas passadas

 

Você me tirou da minha rotina

Odeio quando isso acontece

Você bagunçou a minha vida

E nos meus pensamentos, você permanece

 

Depois de tantos anos

Perder noites de sono

Por um sentimento impossível

Isso não podia ter acontecido

 

Por Alexandra Collazo

 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

No que a vida me transformou



No que a vida me transformou

Hoje, dia 05 de janeiro de 2017 completei 34 anos e, dentre todas as mensagens de felicitações que eu recebi, uma delas me fez refletir no que a vida me transformou. Recebi a mensagem de uma grande amiga. Nos conhecemos no colégio no ano de 1998 e desde então nossa amizade permanece.

A mensagem dizia: " Ale! Parabéns! Sabe que te amo como uma irmã e sinto sua falta. Sinto falta principalmente das suas gargalhadas que eram únicas".

E eram mesmo! Tenho que admitir!

Ao ler a mensagem imediatamente eu percebi o quanto a vida havia me transformado desde os meus 15 anos (1998), pois, eu comecei a fazer as contas e foi impossível determinar a última vez em que eu dei uma gargalhada daquelas que minha amiga mencionou. E olha que qualquer coisa era motivo para eu cair na risada!

Muito provavelmente, minha última gargalhada foi antes do ano de 2004, pois, foi nesse ano que eu tive uma perda irreparável na vida. O falecimento da minha avó!

O câncer levou minha avó, a tirou de nós! Foi uma grande perda para mim e para minha família e de lá para cá, minha vida mudou totalmente em todos os sentidos.

Todos nós temos os nossos "anos doutorados", que são aqueles anos, aquela época que ficarão marcados em nossas vidas e, eu também tive. Os meus "anos dourados" foi no período de 1998 até 2004.

Nessa época, apesar de já ter uma vida de adulto, pois, eu já trabalhava, estudava a noite e já não tinha horário para chegar em casa quando eu saía com meus amigos, eu não tinha certas preocupações, exceto, a turbulenta separação dos meus pais quando eu tinha apenas 2 anos. Mas, no mais, eu levava uma vida tranquila. Morava em um bairro bom da Capital de São Paulo, na Zona Oeste, mais precisamente no bairro da Pompéia, tinha minha família sempre por perto, uma casa própria para morar (eu tinha) e tinha meus amigos. Amigos esses que permanecem até hoje na minha vida.

A mensagem dessa minha amiga, me fez lembrar das minhas gargalhadas. Me fez lembrar daquele tempo com meus amigos, de como eu era alegre e ao mesmo tempo introspectiva. Me recordei do modo que eu enxergava a vida, do ângulo que eu via as coisas, os problemas. Me lembrei de como eu tinha a capacidade de ver o lado positivo das situações diárias e cotidianas. Não só as minhas, mas, as dos meus amigos também. Eu estava sempre do lado positivo de tudo.

Essa minha alegria também era transmitida para alguns parentes mais próximos que conviviam comigo diariamente.

Eu achava que a vida seria daquele jeitinho para sempre. Doce ilusão! Claro que não foi desse jeito que aconteceu, tendo em vista, que é natural que a vida tome rumos diferentes e tem que tomar mesmo. Temos que evoluir e foi então, que começaram a surgir as perdas e decepções na minha vida. 

A primeira delas, aconteceu quando eu tinha apenas 19 anos. Foi quando terminei um relacionamento de 2 anos. Apesar da tenra idade foi uma perda bem significante e dolorosa na época para mim. Mas, a vida continuou e as gargalhadas também!

Porém, em abril de 2004, mais precisamente no dia 24, minha avó materna veio a falecer. Foi a perda mais difícil da minha vida e até hoje não superei. Nesse dia, eu e minha família perdemos parte de nós, perdemos o ar que nos fazia respirar, mas, eu perdi também a minha ALMA!

Eu já tinha uma pequena prévia do que aconteceria comigo,com minha mãe e com meu irmão se um dia minha avó viesse a falecer, mas, não poderia imaginar o impacto real que esse acontecimento teria em nossas vidas.

Depois do falecimento da minha avó, eu eu minha família passamos por tantas situações e tantos problemas (e quando falo de situações difíceis e problemas sérios, não estou falando de término de relacionamento) e sim, de situações que não desejo nem para o meu pior inimigo. Minha segunda perda, não menos dolorosa, foi o falecimento do meu pai que também contraiu um câncer.

Todas as situações pelas quais passei e, não estou falando apenas das mortes e sim, das consequências que essas perdas trouxeram para minha vida, me tornaram um ser humano muito mais centrado em crescer na vida, uma pessoa séria, mais introspectiva do que eu já era. Me tornei uma pessoa fria e calculista, sem muitos motivos para gargalhadas, no máximo um sorriso!

Nem mesmo pessoas mais próximas e íntimas hoje, presenciaram essa tal gargalhada que minha amiga mencionou e que todos gostavam, poque simplesmente a vida endureceu as minhas emoções.

Foi no que a vida me transformou!

Alexandra Collazo!


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Minhas Recordações





Minhas Recordações

Minhas recordações vão comigo, as levo para todos os lugares que eu vou, que eu ando e que eu passo.

São tantas lembranças que não caberiam em um livro de 100, 200 ou mais páginas, mas, eu me lembro de todas elas, das mais bonitas as mais dolorosas. Mesmo que eu não queira carregar algumas dessas lembranças não adianta, elas estão gravadas aqui dentro do meu coração e da minha mente e seguem sempre comigo, como se fossem minhas melhores amigas.

Por mais que eu queira esquecer algumas delas, apenas pelas dores que me trazem, não consigo. O que posso fazer é apenas tentar não lembrar, mas, nem sempre isso é possível. As minhas melhores recordações são as lembranças da minha infância e da minha adolescência, nessa época vivi grandes momentos.

Lembro-me claramente da casa onde morava. Aquilo era casa! Havia amor, carinho, muito aconchego, muito barulho por nada, muita gente, muitos tios, tias, primos, amigos de primos, amigos do meu irmão, meus amigos... aquela casa era igual coração de avó: Sempre cabia mais um!

Eu fui criada pela minha avó e minha mãe, na casa da minha avó, nessa mesma casa onde o amor reinava e é de lá que vem minhas melhores e mais doces lembranças da infância e da adolescência. Naquela época, parecia tudo tão perfeito, eu tinha certeza que aqueles dias não acabariam. Doce ilusão!

A comida da minha avó, o café da manhã com ela, os almoços, a casa cheia, meus amigos, os amigos do meu irmão, as amigas da minha avó... Todos os dias aquela casa era cheia, a cozinha estava sempre rodeada de gente, a mesa sempre posta, nunca faltou nada, principalmente amor!

São as lembranças que eu mais gosto de reviver. Tenho orgulho de tudo que vivi naquela época com as pessoas que fizeram parte da minha vida naquele momento tão mágico e especial.

Mas, como sempre, tudo na vida tem dois lados! Não há como viver apenas de lembranças boas. As perdas começaram a aparecer. Perdi minha avó, depois meu pai e nesse meio tempo, muitas lembranças de acontecimentos ruins preenchem esse lado “negro” das minhas recordações que não vale a pena nem mencionar. Vou deixar aqui só as melhores.

É certo que os fatos desagradáveis que aconteceram me fizeram mais forte, me blindaram para vida, me ensinaram a seguir em frente, me fizeram ver que a vida sempre, sempre continua independente de qualquer pedra no caminho.

Ensinaram-me a perceber que tudo passa nessa vida, desde os melhores momentos até os piores dias de nossas vidas! Algumas perdas eu ainda não consegui entender e suportar, apesar de tantos anos, mas, como eu disse, SEGUIR EM FRENTE é sempre a melhor decisão!

E são essas recordações que eu trago comigo, boas ou ruins, são elas que fizeram e fazem parte da minha vida. São elas que me seguem, que me acompanham e que me ensinaram muito sobre a vida e eu não posso simplesmente descarta-las, pois, se fizesse isso, estaria descartando a minha essência de vida!

Vou carrega-las comigo sempre e de vez em quando, chorar de saudade dos momentos bons e chorar por tudo que eu já vivi.

Por Alexandra Collazo!

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Príncipes e Princesas





Príncipes e Princesas

Quando somos adolescentes idealizamos o nosso príncipe encantado e temos a certeza de que iremos encontrar um namorado como os príncipes encantados da Disney. Como tudo na adolescência é ilusão, achar que iremos encontrar o homem perfeito também é uma grande ilusão!

E o contrário também é verdadeiro! Mulher perfeita não existe! 

Não somos princesas encantadas e estamos muito longe de ser! Somos na verdade, livres, independentes e donas de nós mesmas, muito diferente das princesas da Disney (pelo menos as da minha época)!

Se nós mulheres não somos perfeitas e não agimos e nem vivemos como as princesinhas, porque então, estamos sempre esperando por um lindo e charmoso príncipe que venha nos resgatar em um cavalo branco e nos dizer que seremos felizes para sempre?

Primeiro que a frase “felizes para sempre” é outra ilusão, principalmente quando falamos de relacionamentos das últimas décadas onde a gente ama e desama com muita facilidade e uma rapidez incrível.

 Nossa história não é um conto de fadas e nem nunca será. Portanto, ame quem está do seu lado principalmente pelos seus defeitos e não apenas pelas qualidades, pois, amar as qualidades é muito fácil, difícil mesmo é amar os defeitos. Como já dizia Clarice Lispector: 

“Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente”

Vestido de noiva, cavalos, carruagens... Tudo isso é lindo e é válido ter essa experiência, mas, depois que a festa acaba, é necessário voltar a realidade junto com o seu “príncipe” e aceita-lo exatamente do jeito que ele é e vice e versa.

Do contrário, sua vida de contos de fadas vai cair por água abaixo!

Por Alexandra Collazo.